08 fevereiro 2013

Encontro Anual do GJMM - 25-27 de Janeiro de 2013 - Parte I

Boa tarde,

Em baixo podem ler o texto que o João Portela escreveu sobre o Encontro do GJMM.
O texto será dividido em duas partes e para a semana colocaremos a outra parte do texto.

Sem mais demoras o texto do João:


"O mundo coloca-nos em situações muito delicadas. Os Homens são seres muito delicados e muitas vezes, vivem as suas vidas sem saberem bem em quem colocam a sua fé. Mas o que é a fé? É uma "coisa" só de cristãos ou está ligada a todo o mundo? Em quem é que colocamos ou devemos colocar a nossa fé? Não é verdade que muitas vezes somos "tentados" a ignorar a fé que Deus requer e entramos em desertos espirituais? Esses desertos e essas dificuldades são coisas más. Era bom que não existissem. Mas não serão também oportunidades, motivações para crescermos e evoluirmos como pessoas? E como pessoas, como é que nos valorizamos, como é que nos vemos, como é que somos? O que temos de melhorar, o que queremos ser? A estas perguntas tentámos ao máximo responder, com a ajuda dos nossos convidados e o Encontro realizou-se à volta delas. Ou será que houve mais?
Começou o Encontro, as equipas foram criadas, as regras foram apresentadas, as tarefas foram distribuídas e começou o convívio. Conversas e canções de um lado, UNO de outro e matraquilhos do outro. Animação não faltou, nem isso nem oração. Aprendemos e rezámos o terço de uma maneira muito especial, foi um momento muito bonito e luminoso, graças à Maria João.
"As Crónicas de Nárnia - A Viagem do Peregrino da Alvorada” deu muito que pensar: cada personagem mostrava um tipo de personalidade diferente, cada uma com as suas virtudes e com os seus defeitos, que serviram como base para reflectirmos. Mas não ficámos por aí. O filme deu-nos a oportunidade de realizar um pequeno peddy paper, para ficarmos a conhecer melhor a propriedade da Casa do Gaiato e para aprofundarmos a temática do filme. Saímos dele com mais informações e prontos para fazer uma espécie de mímica que teve também os seus momentos caricatos.
Nas reuniões de equipas, basicamente discutimos várias vertentes da fé e o que para mim ficou retido foi que a fé não é algo estático, varia ao longo da nossa vida, consoante os momentos em que nos encontramos. Existem momentos em que a nossa fé parece inabalável, sentimo-nos indestrutíveis. Mas há momentos em que a nossa fé parece que nos abandona, quando na verdade somos nós que a abandonamos, porque estamos mal com a vida, porque ela não nos corre bem, entre outras coisas. Abandonamos a nossa fé de vez em quando e isso é mau, é uma fraqueza ou um problema, mas que pode também ser interpretado como uma motivação, uma oportunidade, uma força para mudarmos. Por exemplo, quando na nossa vida, por variadíssimos motivos, tropeçamos na tentação e caímos, estamos num momento em que abandonamos a nossa fé, estamos em baixo, a passar por um deserto. O que depois acontece, depende de nós. Não somos nós que quando caímos, pensamos "Ok, agora tenho que me levantar!"? Aí estamos a procurar a fé que precisamos para nos levantarmos. E depois, o que é que muitas vezes acontece? Alguém nos dá a mão. Essa mão é a mão de Deus, da nossa fé, que nos quer ver de pé e que é responsável por nos levantar. Quando estamos já levantados e olhamos para a nossa recaída, reconhecemo-la como um mau momento, mas também como um momento de oportunidade de crescimento. Muitas vezes dizemos "isto fez-me crescer". Resumindo, na nossa vida temos momentos maus, em que passamos dificuldades, mas quando as superamos, vemos que estas dificuldades na nossa vida foram uma força, uma oportunidade de me levantar e nunca mais tropeçar na mesma tentação e cair."

Boa semana a todos.

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