25 fevereiro 2013

Toma lá!

Continua a campanha para ajudar os mais desfavorecidos da nossa Paróquia. Depois do pequeno-almoço, somos convidados a partilhar alimentos que possam ser o almoço de alguém e que de outra forma podia não ter nada!

Lembra-te que convém que sejam alimentos que tenha um prazo de validade alargado, como arroz ou conservas.

Oração pelo Papa Bento XVI

Eu Acredito! E tu?

Não faltes, junta-te neste momento de oração pela Igreja e pelo Papa no momento em que termina o seu pontificado.



João César das Neves

João César das Neves, uma figura muito conhecida da nossa sociedade e que estará connosco no próximo Festival Vicarial, escreveu no DN de hoje uma mensagem que vale a pena ler:

Ao lado do essencial

JOÃO CÉSAR DAS NEVES
DN 2013-02-25

Quando Jesus nasceu foi dito d'Ele: "Assim hão-de revelar-se os pensamentos de muitos corações" (Lc 2, 35). Parece que essa propriedade se mantém no Seu Vigário, pois muito do que se tem dito nestes dias acerca de Bento XVI manifesta mais a atitude pessoal de quem fala do que o problema que julga analisar.
A Igreja é a instituição mais comentada fora dela. Por todo o lado se proclamam opiniões taxativas sem lhe pertencer, ou sequer simpatizar. O Cristianismo é, sem dúvida, o tema com mais treinadores de bancada. Pelo seu lado o Papado, que é o seu elemento mais criticado, exerce a espantosa atracção que se vê. Não conseguem gostar dele, nem deixar de falar disso. O fenómeno merece análise.
É verdade que a Igreja Católica constitui uma realidade única no mundo. Existindo há 2000 anos, hoje com 1200 milhões de fiéis, é facilmente a maior e mais influente instituição da história. Bento XVI, o 265.º Papa, é também caso único. A mais antiga monarquia, a do Japão iniciada em 660 a. C., tem actualmente "apenas" o seu 125.º imperador, enquanto o Dalai Lama, que pode ser considerado o líder mundial mais parecido, é só o 14.º desde 1357. Em termos meramente estéticos e intelectuais é fascinante.
No entanto, essas análises incluem um elemento inesperado pois, em geral, os comentadores, sendo alheios, não fazem o menor esforço para entrar dentro da lógica daquilo que consideram. Mas não tomam isso como um obstáculo à qualidade do seu juízo. É evidente que quem emite opiniões sobre ciência, música, jardinagem ou alpinismo faz um esforço para entender essas entidades, mesmo que se mantenha exterior ao próprio. Ninguém escreve sobre indígenas do Pacífico, cinema japonês ou cultura punk sem procurar dominar o respectivo ponto de vista. No caso da Igreja isso não sucede, o que leva a generalidade dos críticos a pronunciar candidamente os dislates mais flagrantes, sem perceber que está totalmente ao lado da questão. O motivo desta situação é um fenómeno curioso.
Como se pode comprovar numa mera consulta dos jornais nos últimos dias, a grande maioria dos textos que se debruçaram sobre a decisão de resignação de Bento XVI nem sequer menciona aquele que foi, de longe, o factor mais decisivo no fenómeno que consideram: Deus. Concorde-se ou não, goste-se ou não da sua convicção, é evidente que Bento XVI tomou a sua decisão diante de Deus. Do mesmo modo, toda a Igreja recebeu a notícia como vinda de Deus, e espera do Senhor a continuação desta história. Ignorar isto é como discutir música sem som ou alpinismo sem montanhas.
Olhar para os recentes acontecimentos desta forma, ou seja a partir de dentro, muda completamente as conclusões. Bento XVI não renunciou por causa da Cúria, que é igual há séculos, ou devido a escândalos e ataques, iguais aos que acompanharam cada momento do pontificado. Nem sequer foi por motivos de saúde, apesar de o próprio os ter invocado. O seu gesto só aconteceu porque ele está plenamente convencido ser essa a vontade de Deus. Ele acha mesmo que é isso que aquele Senhor que segue atenta e minuciosamente em cada passo da vida há muito anos, e a quem entregou cada gota da sua existência, quer que ele faça.
Ver assim as coisas também muda totalmente as conversas que estes dias se multiplicam sobre o próximo Papa. Aqueles para quem essa eleição terá consequências, porque seguirão realmente na sua vida o novo "Cristo na terra", como lhe chamava S. Catarina de Sena, vêem as coisas de outra forma. Eles estão pouco preocupados se ele será europeu ou africano, jovem ou idoso, alegre ou reservado. Essas são as questões das escolhas na ONU ou Comité Olímpico, mas o Conclave nada tem a ver com isso.
Para os eleitores o propósito é, como diz a Constituição Apostólica que regula o processo, ter "em vista unicamente a glória de Deus e o bem da Igreja" (Universi Dominici Gregis, 83). Quanto ao resto dos católicos, eles estão menos preocupados em saber quem querem que o novo Papa seja do que em saber o que o novo Papa vai querer que eles sejam.

24 fevereiro 2013

Música da reunião de 24/02/2013

Aqui fica a música de hoje na sua versão original, mas com a letra em português para o caso de quereres acompanhar:

16 fevereiro 2013

Mensagem de Quaresma do Papa Bento XVI


MENSAGEM DE SUA SANTIDADE BENTO XVI 
PARA A QUARESMA DE 2013 


Crer na caridade suscita caridade   
«Nós conhecemos o amor que Deus nos tem, pois cremos nele» (1 Jo 4, 16)  


Queridos irmãos e irmãs!
A celebração da Quaresma, no contexto do Ano da fé, proporciona-nos uma preciosa ocasião para meditar sobre a relação entre fé e caridade: entre o crer em Deus, no Deus de Jesus Cristo, e o amor, que é fruto da acção do Espírito Santo e nos guia por um caminho de dedicação a Deus e aos outros.
1. A fé como resposta ao amor de Deus
Na minha primeira Encíclica, deixei já alguns elementos que permitem individuar a estreita ligação entre estas duas virtudes teologais: a fé e a caridade. Partindo duma afirmação fundamental do apóstolo João: «Nós conhecemos o amor que Deus nos tem, pois cremos nele» (1 Jo 4, 16), recordava que, «no início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo. (...) Dado que Deus foi o primeiro a amar-nos (cf. 1 Jo 4, 10), agora o amor já não é apenas um “mandamento”, mas é a resposta ao dom do amor com que Deus vem ao nosso encontro» (Deus caritas est1). A fé constitui aquela adesão pessoal - que engloba todas as nossas faculdades - à revelação do amor gratuito e «apaixonado» que Deus tem por nós e que se manifesta plenamente em Jesus Cristo. O encontro com Deus Amor envolve não só o coração, mas também o intelecto: «O reconhecimento do Deus vivo é um caminho para o amor, e o sim da nossa vontade à d’Ele une intelecto, vontade e sentimento no acto globalizante do amor. Mas isto é um processo que permanece continuamente a caminho: o amor nunca está "concluído" e completado» (ibid., 17). Daqui deriva, para todos os cristãos e em particular para os «agentes da caridade», a necessidade da fé, daquele «encontro com Deus em Cristo que suscite neles o amor e abra o seu íntimo ao outro, de tal modo que, para eles, o amor do próximo já não seja um mandamento por assim dizer imposto de fora, mas uma consequência resultante da sua fé que se torna operativa pelo amor» (ibid., 31). O cristão é uma pessoa conquistada pelo amor de Cristo e, movido por este amor - «caritas Christi urget nos» (2 Cor 5, 14) - , está aberto de modo profundo e concreto ao amor do próximo (cf. ibid., 33). Esta atitude nasce, antes de tudo, da consciência de ser amados, perdoados e mesmo servidos pelo Senhor, que Se inclina para lavar os pés dos Apóstolos e Se oferece a Si mesmo na cruz para atrair a humanidade ao amor de Deus.
«A fé mostra-nos o Deus que entregou o seu Filho por nós e assim gera em nós a certeza vitoriosa de que isto é mesmo verdade: Deus é amor! (...) A fé, que toma consciência do amor de Deus revelado no coração trespassado de Jesus na cruz, suscita por sua vez o amor. Aquele amor divino é a luz – fundamentalmente, a única - que ilumina incessantemente um mundo às escuras e nos dá a coragem de viver e agir» (ibid., 39). Tudo isto nos faz compreender como o procedimento principal que distingue os cristãos é precisamente «o amor fundado sobre a fé e por ela plasmado» (ibid., 7).
2. A caridade como vida na fé
Toda a vida cristã consiste em responder ao amor de Deus. A primeira resposta é precisamente a fé como acolhimento, cheio de admiração e gratidão, de uma iniciativa divina inaudita que nos precede e solicita; e o «sim» da fé assinala o início de uma luminosa história de amizade com o Senhor, que enche e dá sentido pleno a toda a nossa vida. Mas Deus não se contenta com o nosso acolhimento do seu amor gratuito; não Se limita a amar-nos, mas quer atrair-nos a Si, transformar-nos de modo tão profundo que nos leve a dizer, como São Paulo: Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim (cf. Gl 2, 20).
Quando damos espaço ao amor de Deus, tornamo-nos semelhantes a Ele, participantes da sua própria caridade. Abrirmo-nos ao seu amor significa deixar que Ele viva em nós e nos leve a amar com Ele, n'Ele e como Ele; só então a nossa fé se torna verdadeiramente uma «fé que actua pelo amor» (Gl 5, 6) e Ele vem habitar em nós (cf. 1 Jo 4, 12).
A fé é conhecer a verdade e aderir a ela (cf. 1 Tm 2, 4); a caridade é «caminhar» na verdade (cf. Ef 4, 15). Pela fé, entra-se na amizade com o Senhor; pela caridade, vive-se e cultiva-se esta amizade (cf. Jo 15, 14-15). A fé faz-nos acolher o mandamento do nosso Mestre e Senhor; a caridade dá-nos a felicidade de pô-lo em prática (cf. Jo 13, 13-17). Na fé, somos gerados como filhos de Deus (cf. Jo 1, 12-13); a caridade faz-nos perseverar na filiação divina de modo concreto, produzindo o fruto do Espírito Santo (cf. Gl 5, 22). A fé faz-nos reconhecer os dons que o Deus bom e generoso nos confia; a caridade fá-los frutificar (cf. Mt25, 14-30).
3. O entrelaçamento indissolúvel de fé e caridade
À luz de quanto foi dito, torna-se claro que nunca podemos separar e menos ainda contrapor fé e caridade. Estas duas virtudes teologais estão intimamente unidas, e seria errado ver entre elas um contraste ou uma «dialéctica». Na realidade, se, por um lado, é redutiva a posição de quem acentua de tal maneira o carácter prioritário e decisivo da fé que acaba por subestimar ou quase desprezar as obras concretas da caridade reduzindo-a a um genérico humanitarismo, por outro é igualmente redutivo defender uma exagerada supremacia da caridade e sua operatividade, pensando que as obras substituem a fé. Para uma vida espiritual sã, é necessário evitar tanto o fideísmo como o activismo moralista.
A existência cristã consiste num contínuo subir ao monte do encontro com Deus e depois voltar a descer, trazendo o amor e a força que daí derivam, para servir os nossos irmãos e irmãs com o próprio amor de Deus. Na Sagrada Escritura, vemos como o zelo dos Apóstolos pelo anúncio do Evangelho, que suscita a fé, está estreitamente ligado com a amorosa solicitude pelo serviço dos pobres (cf. At 6, 1-4). Na Igreja, devem coexistir e integrar-se contemplação e acção, de certa forma simbolizadas nas figuras evangélicas das irmãs Maria e Marta (cf. Lc 10, 38-42). A prioridade cabe sempre à relação com Deus, e a verdadeira partilha evangélica deve radicar-se na fé (cf. Catequese na Audiência geral de 25 de Abril de 2012). De facto, por vezes tende-se a circunscrever a palavra «caridade» à solidariedade ou à mera ajuda humanitária; é importante recordar, ao invés, que a maior obra de caridade é precisamente a evangelização, ou seja, o «serviço da Palavra». Não há acção mais benéfica e, por conseguinte, caritativa com o próximo do que repartir-lhe o pão da Palavra de Deus, fazê-lo participante da Boa Nova do Evangelho, introduzi-lo no relacionamento com Deus: a evangelização é a promoção mais alta e integral da pessoa humana. Como escreveu o Servo de Deus Papa Paulo VI, na Encíclica Populorum progressioo anúncio de Cristo é o primeiro e principal factor de desenvolvimento (cf. n. 16). A verdade primordial do amor de Deus por nós, vivida e anunciada, é que abre a nossa existência ao acolhimento deste amor e torna possível o desenvolvimento integral da humanidade e de cada homem (cf. Enc. Caritas in veritate8).
Essencialmente, tudo parte do Amor e tende para o Amor. O amor gratuito de Deus é-nos dado a conhecer por meio do anúncio do Evangelho. Se o acolhermos com fé, recebemos aquele primeiro e indispensável contacto com o divino que é capaz de nos fazer «enamorar do Amor», para depois habitar e crescer neste Amor e comunicá-lo com alegria aos outros.
A propósito da relação entre fé e obras de caridade, há um texto na Carta de São Paulo aos Efésios que a resume talvez do melhor modo: «É pela graça que estais salvos, por meio da fé. E isto não vem de vós; é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie. Porque nós fomos feitos por Ele, criados em Cristo Jesus, para vivermos na prática das boas acções que Deus de antemão preparou para nelas caminharmos» (2, 8-10). Daqui se deduz que toda a iniciativa salvífica vem de Deus, da sua graça, do seu perdão acolhido na fé; mas tal iniciativa, longe de limitar a nossa liberdade e responsabilidade, torna-as mais autênticas e orienta-as para as obras da caridade. Estas não são fruto principalmente do esforço humano, de que vangloriar-se, mas nascem da própria fé, brotam da graça que Deus oferece em abundância. Uma fé sem obras é como uma árvore sem frutos: estas duas virtudes implicam-se mutuamente. A Quaresma, com as indicações que dá tradicionalmente para a vida cristã, convida-nos precisamente a alimentar a fé com uma escuta mais atenta e prolongada da Palavra de Deus e a participação nos Sacramentos e, ao mesmo tempo, a crescer na caridade, no amor a Deus e ao próximo, nomeadamente através do jejum, da penitência e da esmola.
4. Prioridade da fé, primazia da caridade
Como todo o dom de Deus, a fé e a caridade remetem para a acção do mesmo e único Espírito Santo (cf. 1 Cor 13), aquele Espírito que em nós clama:«Abbá! – Pai!» (Gl 4, 6), e que nos faz dizer: «Jesus é Senhor!» (1 Cor 12, 3) e «Maranatha! – Vem, Senhor!» (1 Cor16, 22; Ap 22, 20).
Enquanto dom e resposta, a fé faz-nos conhecer a verdade de Cristo como Amor encarnado e crucificado, adesão plena e perfeita à vontade do Pai e infinita misericórdia divina para com o próximo; a fé radica no coração e na mente a firme convicção de que precisamente este Amor é a única realidade vitoriosa sobre o mal e a morte. A fé convida-nos a olhar o futuro com a virtude da esperança, na expectativa confiante de que a vitória do amor de Cristo chegue à sua plenitude. Por sua vez, a caridade faz-nos entrar no amor de Deus manifestado em Cristo, faz-nos aderir de modo pessoal e existencial à doação total e sem reservas de Jesus ao Pai e aos irmãos. Infundindo em nós a caridade, o Espírito Santo torna-nos participantes da dedicação própria de Jesus: filial em relação a Deus e fraterna em relação a cada ser humano (cf. Rm 5, 5).
A relação entre estas duas virtudes é análoga à que existe entre dois sacramentos fundamentais da Igreja: o Baptismo e a Eucaristia. O Baptismo (sacramentum fidei) precede a Eucaristia (sacramentum caritatis), mas está orientado para ela, que constitui a plenitude do caminho cristão. De maneira análoga, a fé precede a caridade, mas só se revela genuína se for coroada por ela. Tudo inicia do acolhimento humilde da fé («saber-se amado por Deus»), mas deve chegar à verdade da caridade («saber amar a Deus e ao próximo»), que permanece para sempre, como coroamento de todas as virtudes (cf. 1 Cor 13, 13).
Caríssimos irmãos e irmãs, neste tempo de Quaresma, em que nos preparamos para celebrar o evento da Cruz e da Ressurreição, no qual o Amor de Deus redimiu o mundo e iluminou a história, desejo a todos vós que vivais este tempo precioso reavivando a fé em Jesus Cristo, para entrar no seu próprio circuito de amor ao Pai e a cada irmão e irmã que encontramos na nossa vida. Por isto elevo a minha oração a Deus, enquanto invoco sobre cada um e sobre cada comunidade a Bênção do Senhor!
Vaticano, 15 de Outubro de 2012


BENEDICTUS PP. XVI


15 fevereiro 2013

Encontro Anual do GJMM - 25-27 de Janeiro de 2013 - Parte II

Bom dia,

Tal como prometido a semana passada, eis a segunda parte do texto escrito pelo João Portela.


"O que é a fé? Uma grande pergunta que teve também uma grande resposta, vinda do Dr. Henrique Leitão que nos disse que a fé pode ser o simples acto de confiar, de acreditar, após várias verificações, naquilo que os outros dizem/testemunham. Então, nesse caso, a fé é algo que todos temos, crentes e não crentes. Quer queiramos quer não, somos colocados numa vida em que mais tarde ou mas cedo, vamos ter de aprender a confiar nos outros. A fé é algo universal, todos a têm, bem dentro de cada um, pronta a ser mostrada ao mundo, nós é que muitas vezes a aprisionamos e não a deixamos sair. Aprendemos ainda que para além de dádivas espirituais, Deus dá-nos, através de grandes génios, dádivas científicas. Através de várias teorias que antes de serem científicas já eram católicas: a Teoria do Big Bang, a Geologia Moderna, a Genética, teorias matemáticas, entre outras. Já alguma vez um professor vos tinha dito isto? A mim, nunca me tinham dito. Garanto que fiquei surpreso e de certa maneira orgulhoso, porque aquele preconceito de que a Igreja impossibilitou a ciência, deixou de existir. Quem está na universidade, agradeça também à Igreja; se por vezes têm de ir a um hospital, agradeçam-no também à Igreja; se algum de vós está a estudar direito e as leis humanas, agradeçam-nas à Igreja, que também as criou.

08 fevereiro 2013

Encontro Anual do GJMM - 25-27 de Janeiro de 2013 - Parte I

Boa tarde,

Em baixo podem ler o texto que o João Portela escreveu sobre o Encontro do GJMM.
O texto será dividido em duas partes e para a semana colocaremos a outra parte do texto.

Sem mais demoras o texto do João:


"O mundo coloca-nos em situações muito delicadas. Os Homens são seres muito delicados e muitas vezes, vivem as suas vidas sem saberem bem em quem colocam a sua fé. Mas o que é a fé? É uma "coisa" só de cristãos ou está ligada a todo o mundo? Em quem é que colocamos ou devemos colocar a nossa fé? Não é verdade que muitas vezes somos "tentados" a ignorar a fé que Deus requer e entramos em desertos espirituais? Esses desertos e essas dificuldades são coisas más. Era bom que não existissem. Mas não serão também oportunidades, motivações para crescermos e evoluirmos como pessoas? E como pessoas, como é que nos valorizamos, como é que nos vemos, como é que somos? O que temos de melhorar, o que queremos ser? A estas perguntas tentámos ao máximo responder, com a ajuda dos nossos convidados e o Encontro realizou-se à volta delas. Ou será que houve mais?

A Liberdade

Muitas vezes, quando pensamos em liberdade, vem-nos à cabeça aquela imagem típica, de um grande campo verde, com muitas flores e tudo muito bonito. Mas será que essa imagem é a mais acertada?
A liberdade, é a capacidade que Deus nos deu de escolhermos entre o bem e o mal. Podemos escolher se damos a nossa vida aos outros ou se vivemos a nossa vida, encolhidos no nosso cantinho do egoísmo.
Ao fazermos o bem e praticarmos o amor, estamos a utilizar corretamente a nossa liberdade, que vai estar em sintonia com os Mandamentos da Lei de Deus. Se por outro lado decidirmos fazer tudo ao contrário e mal, não estamos a dar a devida utilidade à nossa liberdade.
A nossa “não liberdade” (não dar a devida utilidade à liberdade), pode ser aplicada no próximo, como também pode ser aplicada em nós próprios.
Um exemplo de “não liberdade” aplicada no próximo é o roubo. Neste caso, o assaltante pensaria «sim, eu posso roubar, porque Deus deu-me liberdade. Eu posso fazer o que eu quiser com a minha liberdade». A pessoa que foi assaltada, pensaria «e eu? Deus deu-me liberdade, eu tenho liberdade de sair de casa, sem que esta seja assaltada!» Por isso é que se diz aquela frase muito conhecida “A minha liberdade acaba, quando começa a liberdade do outro”. Eu posso usufruir da minha liberdade, mas o outro também pode usufruir da dele.
Um exemplo de “não liberdade” aplicada em nós próprios, é o simples facto de nos enganarmos a nós mesmos. Todas estas “não liberdades” são contra os Mandamentos da Lei de Deus.
Vejamos agora, a liberdade como um grande bolo. Se todos tiverem uma fatia igual, o bolo vai chegar para todos. Quem não conhece a regra essencial das festas de aniversário? «Só repetes, depois de todos comerem uma». Tudo corre bem se forem todos amigos e bonzinhos. Mas se alguém decidir que esta cheio de fome e quiser logo quatro fatias? Os outros vão ficar com menos bolo, e talvez este já não chegue parar todos.
 Como podemos ser escravos da nossa liberdade? Por exemplo, os jogos. Eu sou livre de jogar imenso. Mas com essa liberdade vem o vício. E a partir do vício, vem a escravidão. Se eu estiver viciada em algo, será sempre muito difícil parar. Aí, eu vou ser escrava da minha liberdade, porque eu sou livre de começar, mas depois tornei-me escrava da minha liberdade, porque já não consigo parar.
Deus, deu-nos tanta liberdade, que até nos deu a liberdade de irmos contra ele!

Texto da Madalena