27 maio 2009

Reunião 24 de Maio de 2009

“Foi para a liberdade que vós, irmãos, fostes chamados”

Gl 5, 13-24

De facto, foi para a liberdade que vós, irmãos, fostes chamados. que não deveis deixar que essa liberdade se torne uma ocasião para os vossos apetites carnais. Ao contrário: pela caridade fazei-vos escravos uns dos outros. É que toda a Lei está plenamente cumprida nesta única palavra: «Ama o teu próximo como a ti mesmo». Mas, se vos mordeis e devorais uns aos outros, cuidado, não sejais engolidos uns pelos outros.

Mas eu digo-vos: caminhai no Espírito, e não realizareis os apetites carnais. Porque a carne deseja o que é contrário ao Espírito, e o Espírito, o que é contrário à carne; são, de facto, realidades que estão em conflito uma com a outra, de tal modo que aquilo que quereis, não o fazeis. 0ra, se sois conduzidos pelo Espírito, não estais sob o domínio da Lei.

Mas as obras da carne estão à vista. São estas: fornicação, impureza, devassidão, idolatria, feitiçaria, inimizades, contenda, ciúme, fúrias, ambições, discórdias, partidarismos, invejas, bebedeiras, orgias e coisas semelhantes a estas. Sobre elas vos previno, como já preveni: os que praticarem tais coisas não herdarão o Reino de Deus.

Por seu lado, é este o fruto do Espírito: caridade, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, autodomínio. Contra tais coisas não há Lei. Mas os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne com as suas paixões e desejos.

Da liberdade em decidir sobre os meus actos depende, além da sua realização, juízo moral sobre a minha responsabilidade.

Mas não basta ser livre. Há que saber sê-lo. Não é, tantas vezes, o mau uso da liberdade que leva à sua perda? E não estará na origem disso uma concepção errada e incompleta da liberdade?

A liberdade do cristão tem, pois, origem na sua comunhão com Deus, impossível de alcançar pela Lei. Esta obriga-me, mas não me capacita para fazer aquilo a que me obriga. Só em Cristo, que me amou e a si mesmo se entregou por mim, encontro essa capacidade. É, portanto, na sua caridade que assenta a minha liberdade.

Só que, para não serem escravos da carne, tornavam-se escravos da Lei, ou melhor, do legalismo. E até a experiência nos diz que a observância da lei pela lei, pode tornar-se tão desumana como o desrespeito por ela. Sobretudo se daí resulta desprezo para com os prevaricadores. Quem assim reage, continua, pelo menos na prática, a ser escravo da carne, até no sentido literal do termo: «Se vos mordeis devorais uns aos outros, cuidado, não sejais engolidos uns pelos outros».

Não é certo que já fosse esse o caso entre os Gálatas. De qualquer modo, o que nunca se deve perder de vista é o princípio unificador de todas as normas da Lei: que toda está plenamente cumprida nesta única palavra: «Ama o teu próximo como a ti mesmo». O princípio já era defendido por notáveis rabinos. E Jesus não apenas o aprovou (Mt 19, 19; Lc 10, 27), mas realizou‑o na sua própria vida: desde a encarnação, em que tomou a condição de escravo (FI 2, 7), até à morte, em que mostrou ter vindo não para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por todos (Mc 10, 45). E aos que usufruem deste resgate bem se pode pedir: Pela caridade fazei-vos escravos uns dos outros. É que a caridade suporta, tudo crê, tudo espera, tudo aguenta (1 Cor 13, 7). Tal é a energia do Espírito que a anima.

Tem, por isso, toda a razão de ser a exortação: «Caminhai no Espírito, e não realizareis os apetites carnais». A nossa vida é, de facto, um caminho que nos pode levar ao gozo de uma definitiva e ilimitada liberdade, se, em vez de cedermos às arruinantes seduções da carne, nos deixarmos conduzir por Deus. Foi para isso que Ele, ao adoptar-nos como filhos, enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: «Abbál Pai!». E se enviou o seu Filho (...) para resgatar os que se encontravam sob o domínio da Lei, então, conduzidos pelo Espírito, não estamos sob o domínio da Lei.

A caridade, a alegria e a paz são virtudes também atribuídas a Deus. E a Ele devemos ainda a paciência, benignidade e bondade, determinantes para as nossas relações mútuas, cuja persistência, por sua vez, depende da nossa fidelidade, mansidão, autodomínio. Se é verdade que a Lei não proíbe tais coisas, não é graças a ela que as praticamos, mas a Cristo Jesus, no qual crucificámos a carne com as suas paixões e desejos.

(Comentário de D. Anacleto de Oliveira)

- O que é para mim ser Livre?

- Quero ser Livre para quê?

Comenta:

“Quanto mais Livre sou, mais me entrego …”

 

Boa semana para todos.

22 maio 2009

Reunião 17 de Maio de 2009 – Dia com os Pais

S. Paulo nos tempos de hoje

Na reunião desta semana tivemos a presença especial dos Pais dos jovens do GJMM.

Cantámos também a música que levámos ao Festival Vicarial da Canção “Escuto, acredito e vou” e de seguida visualizámos um vídeo sobre a nossa Paróquia.

A folha tinha o seguinte texto:

O exemplo das igrejas da Macedónia

Queremos dar-vos a conhecer, irmãos, a graça que Deus concedeu às igrejas da Macedónia. No meio das muitas tribulações com que foram provadas, a sua superabundante alegria e extrema pobreza transbordaram em tesouros de generosidade*. Sou testemunha de que, segundo as suas possibilidades e até além delas, com toda a espontaneidade e com muita insistência, pediram-nos a graça de participar neste serviço em favor dos santos. E indo além das nossas expectativas, deram-se a si mesmos, primeiro ao Senhor e depois a nós, pela vontade de Deus. Por isso, pedimos a Tito que, tal como a havia começado, levasse a bom termo, entre vós, esta obra de generosidade. (2 Cor 8, 1-6)

* A colecta em favor dos fiéis de Jerusalém merece a Paulo particular atenção, porque é uma demonstração de comunhão.

Para reflectir:

- Quais as preocupações dos habitantes da nossa paróquia?

- Como podemos ser os “S. Paulo” dos tempos de hoje?

Tivemos de seguida a Celebração da Eucaristia e depois o almoço que estava bem bom…

Boa semana para todos.

04 maio 2009

Reunião 03 de Maio de 2009

S. Paulo - Porque escreves tanto?

· Procura descobrir qual a razão que levou S. Paulo a escrever cada carta.

Carta aos Colossenses

Os cristãos estavam ameaçados por uma heresia que misturava elementos pagãos, judaicos e cristãos. Os seus seguidores davam muita importância aos poderes angélicos, às forças cósmicas e a outros seres intermediários entre Deus e o homem, que teriam papel importante no destino de cada pessoa. Tudo isso comprometia seriamente a pureza da fé cristã. Paulo mostra então que Cristo é o mediador único e universal entre Deus e o mundo criado; tudo se realiza por meio d’Ele, desde a criação até à salvação e reconciliação de todas as coisas. Deus colocou Jesus Cristo como Cabeça do universo, e os cristãos, que com Ele morreram e ressuscitaram e a Ele permanecem unidos, não devem temer nada e a ninguém: nada mais, tanto na Terra como no Céu, pode aliená-los e escravizá-los. Doravante, o empenho na fé em Cristo é o caminho único para a verdadeira sabedoria e liberdade.

Carta aos Coríntios

O objectivo maior da primeira carta de Paulo é restabelecer a unidade, advertindo que o único chefe é Cristo, e Este não está dividido.

Responde a diversas perguntas formuladas pelos Coríntios. Apresenta normas para que haja ordem e autêntico culto cristão nas assembleias litúrgicas.

A segunda carta é composta, provavelmente, de vários escritos que Paulo enviou aos Coríntios em ocasiões diferentes. Trata longamente sobre a colecta. Paulo defende ardorosamente a autenticidade do seu ministério, fazendo uma espécie de diário apaixonado da sua vida de Apóstolo.

Carta aos Efésios

Contemplando o projecto de Deus para a salvação da Humanidade, o olhar de Paulo concentra-se em Jesus Cristo no Céu. É a ideia central da carta. Cristo, porém, não está longe do mundo nem dos homens. O Apóstolo relembra os laços íntimos e orgânicos que unem os homens a Cristo e entre si na comunidade, para a levar ao pleno desenvolvimento. A carta aos Efésios é a carta do mistério da Igreja.

Carta a Filémon

É uma carta de recomendação em favor de Onésimo, um escravo que fugiu ao seu patrão, Filémon, provavelmente depois de o ter roubado. Onésimo procurou o apoio de Paulo, que estava na prisão, e acabou por se converter ao cristianismo. Paulo devolve-o a Filémon, pedindo-lhe que o trate como irmão.

Carta aos Filipenses

Adverte a comunidade sobre a divisão causada pelo espírito de competição e egoísmo de alguns. Relembra aos cristãos de Filipos que a autenticidade do Evangelho, anunciado e vivido, está na cruz de Cristo.

Carta aos Gálatas

A carta aos Gálatas foi definida como o manifesto da liberdade cristã e universalidade da Igreja. A vida do homem não deve ser determinada por um código de leis, mas por um compromisso pessoal e íntimo com Cristo, que está presente no profundo do ser humano. A liberdade é conduzida pelo amor a si mesmo e aos outros, amor que é compromisso activo com o crescimento do outro.

Carta aos Romanos

A carta aos Romanos parece ter uma finalidade bem precisa: os temas teológicos tratados e o debate com o judaísmo mostram que Paulo está preocupado em corrigir falsas interpretações a respeito da sua pregação entre os pagãos, provavelmente levadas para Roma por judeus e por cristãos judaizantes. Ele mostra que só Deus pode salvar e que salva não apenas os judeus mas toda a Humanidade destruída pelo pecado. E Deus salva através de Jesus Cristo.

Carta aos Tessalonicenses

Na primeira carta Paulo mostra que, no fim da História, tanto os mortos como os vivos estarão reunidos para viverem sempre com Cristo ressuscitado. A esperança é para todos, e todos participarão da vitória de Cristo sobre o mal e sobre a morte. O Apóstolo relembra que a vida cristã é espera activa do Senhor. A espera, formada de fé e perseverança, leva a construir a comunidade no amor.

Na segunda carta Paulo mostra como a fé cristã se expressa neste mundo concreto e, levando a que Paulo nunca fuja da luta ou tema o conflito. A atitude de quem espera a vinda gloriosa de Cristo não é acomodar-se ou cruzar os braços, como se não houvesse mais nada que fazer neste mundo, ou ficar a olhar para o alto à espera de que tudo caia de repente lá do Céu.

Carta a Timóteo

A importância da 1 Tm está no seu testemunho histórico sobre a organização eclesiástica. Paulo insiste para que Timóteo desempenhe com firmeza e coragem a função que recebeu de Cristo mediante a imposição das mãos (« ordenação»)

Na segunda carta, o tema central são as considerações sobre os «últimos dias». Recomenda a Timóteo: que não se envergonhe do Evangelho, mas que o proclame com integridade.

Carta a Tito (para ver em casa)

· Quem são os “Coríntios” e os “Tessalonicences” de hoje?

· Quem são os “São Paulos” de hoje?

 

Boa semana para todos.