06 janeiro 2014

"Quem arrisca, o Senhor não o desilude"

Ontem, Domingo em que a Igreja celebrou a Solenidade da Epifania do Senhor, o Padre Marcos Castro assumiu a sua nova missão de Pároco da Bobadela. E tal como os Reis Magos, que não sabendo ao certo o que esperar, continuaram sempre a seguir a estrela, também o Pe Marcos avançou com toda a confiança, para ir encontrar as pessoas que a partir de agora, irão fazer parte da sua vida. Novas caras e novas formas de encontrar Jesus, numa Igreja que, também assim, se mantém sempre nova.

O Papa Francisco diz-nos na 'Evangelii Gaudium', que "chegamos a ser plenamente humanos, quando somos mais do que humanos, quando permitimos a Deus que nos conduza para além de nós mesmos a fim de alcançarmos o nosso ser mais verdadeiro." 

Podemos ser nós a tomar a iniciativa de O deixar entrar na nossa vida e fazer dela o que quiser num determinado momento, quando, por exemplo, decidimos ir a uma actividade da Igreja sem sabermos ao certo o que vai acontecer, porque vimos/ouvimos alguma coisa sobre isso, e resultar numa experiência tão boa, que quase nem sabemos descrever. Mas Deus não quer só um momento na nossa vida. Ele não se contenta em ver-nos crescer só um bocadinho, só por um instante no tempo, enquanto houve muita vontade de "fazer coisas", porque Deus não quer se nós sejamos felizes só por um instante. Existe uma escala maior. É que existe uma diferença entre decidirmos oferecer 1 dia a Deus e decidirmos oferecer a vida toda, como fez o Pe Marcos. Mesmo que essa decisão também seja tomada novamente a cada dia. É preciso saber aceitar o amor de Deus. "Porque, se alguém acolheu este amor que lhe devolve o sentido da vida, como é que pode conter o desejo de o comunicar aos outros?"

É bom ouvir o Papa Francisco dizer que Deus nunca desiste de nós, que Ele está sempre à espera de braços abertos, à espera que nós decidamos arriscar. É bom saber que, até conseguirmos finalmente entregar a nossa vida a todos por amor, Deus vai estar sempre a ajudar-nos pelo caminho.

"Em toda a vida da Igreja, deve-se sempre manifestar que a iniciativa pertence a Deus, «porque Ele nos amou primeiro» (1 Jo 4, 19) e é «só Deus que faz crescer» (1 Cor 3, 7). Esta convicção permite-nos manter a alegria no meio duma tarefa tão exigente e desafiadora que ocupa inteiramente a nossa vida. Pede-nos tudo, mas ao mesmo tempo dá-nos tudo."

O Papa quer uma Igreja "em saída", sem estar acomodada e com coragem para chegar a todo o lado. 
Obrigado Pe Marcos, por ter arriscado entregar a sua vida à Igreja e por isso, ter chegado até nós. 

Bom ano para todos! 
2014 vai ser um ano para crescermos, "vai ser muita bom..."


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